tag:blogger.com,1999:blog-44637089391238004242024-03-14T03:10:37.614-07:00DE PAI PRA PAIDE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.comBlogger18125tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-26190640340946559342011-01-11T01:36:00.000-08:002011-01-11T01:43:06.236-08:00Mais uma história de amor e luz<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMAcZxqZUtLO0hszNEUzWtPs1bm5apZbxluJnB2wYQxdf3lka_1aRCZR6d35pYbxHiUwMvraa4GTLujBthwtLTwhy49ZjUzkI_nnHpipiEuT8f2ZxwY7RG0eBYiMpUhTFtSmB-uBqJUqE/s1600/Luiza_Kiko%255B1%255D.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5560861077554898354" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMAcZxqZUtLO0hszNEUzWtPs1bm5apZbxluJnB2wYQxdf3lka_1aRCZR6d35pYbxHiUwMvraa4GTLujBthwtLTwhy49ZjUzkI_nnHpipiEuT8f2ZxwY7RG0eBYiMpUhTFtSmB-uBqJUqE/s200/Luiza_Kiko%255B1%255D.JPG" border="0" /></a> Já é chavão: ano novo, vida nova! Para alguns talves seja mesmo, para outros não. Penso que novos momentos e oportunidades surgem a todo instante. E aproveitanto esse novo momento, que é o novo ano, que tal começarmos com mais uma história linda, comovente, emocionante e acima de tudo AMOROSA?<br />Aí está a história do papai Gustavo e sua filha Luiza (na foto ao lado). As palavras me faltam nesse momento, mas poderia dizer: leia esse relato, esse belo texto, e deixe sua vida se transformar! Obrigado Gustavo! <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF5jmXlD-WDctR-E5k64YCWBD6EE4qC-08PPZnvOE88NbBNQuW9d3Zbxf4NJCKOsuvwycgwtx_jQ4DasHH931zLmqi5C3CQqIPz_C0FM2DlkKKdXuX8i8F-xtF_lRMgbYaRvGcwcGbyRk/s1600/Luiza_Kiko%255B1%255D.JPG"></a></div><br /><br /><div align="justify">Eloir </div><br /><br /><br /><div align="justify"></div><br />Porque nós?<br /><br /><br /><div align="justify"><em>Luiza nasceu em agosto de 2004 e veio a falecer com dois anos e nove meses, em 2007. Minha filha, teve asfixia no parto, em que sua mãe acabou falecendo.Luiza ficou dois meses na UTI, com sequelas graves e mais tarde, soube, irreversíveis.A gravidez transcorreu normalmente e Luiza nasceu no tempo certo. Não era uma gravidez de risco.Parecia surreal. A filha na UTI e minha esposa não mais presente. Tive que, buscar forças e acompanhar minha filha na UTI.Não podia agir diferente, pois a Silvia, mãe da Luiza, era uma pessoa forte e determinada.Seria a primeira a lutar pelo bem de nossa filha. E agora, ela não podia fazer nada por aqui.Ela lidava com crianças e pessoas especiais, pois era fonoaudióloga e trabalhava em um hospital público, que tem um perfil de pacientes mais carentes. Chateava-se bastante, quando via que os pais não se envolviam com os tratamentos dos filhos e não compreendiam suas necessidades.Semanas antes do parto, assistindo um programa na TV sobre crianças com síndromes, me fez prometer que eu amaria nossa filha, se ela viesse “diferente”.Após seu nascimento, deixei o apartamento em que morávamos (onde já havia um quarto montado p/ a Luiza) e fui morar com meus pais, onde outro quarto foi feito, enquanto ela estava na UTI.Tive e o apoio de minha família, pais, irmão, irmãs, primos, amigos...<br />Luiza alimentava-se através de botton e tinha poucos movimentos. Era hipotônica. Tinha febres constantes desde que nasceu. Não passava mais de dois dias sem febre e em alguns dias as febres vinham e voltavam constantemente.Luiza totalizou mais de um ano em internações em hospitais, em ocasiões diferentes.<br />Dividiu essas internações entre quartos e UTIS.<br />No primeiro ano, passou mais tempo internada do que em casa.<br />No ano seguinte, essa situação melhorou pelo fato de termos conseguido Home Care, depois de muita “insistência” com o plano de saúde. Com o Home Care conseguimos evitar muitas internações. Outras não.<br />Trabalhava e quem cuidava da Luiza, no seu dia a dia era a minha mãe, com a ajuda preciosa e importante de minhas irmãs. Uma delas, a Lenita, se apegou bastante a Luiza e foi uma companhia constante para ela, principalmente nas internações. Buscamos sempre o melhor tratamento, que como vocês sabem por experiência própria, é muito custoso. Procuramos os melhores profissionais, mesmo quando o plano não cobria.<br />E, todos os dias, agradecia pelo fato de poder fazer isso. Angustiava-me saber que a maioria das famílias não tem essa condição financeira. Pensava: Deve ser horrível querer fazer algo e não ter condições financeiras.A reabilitação com fisioterapeutas e fonoaudiólogas foi particular, assim como alguns médicos, como neurologista, nutróloga, homeopata, oftalmologista...Claro, que passei por várias fases. Aliás, é normal que seja assim. O que não é legar é ficar estagnado em alguma destas fases.Revolta, frustração, medo, insegurança...Mas, me esforçava para tirar os pensamentos ruins da cabeça.<br />É complicado...Mas procurava extrair e fazer crescer o lado positivo.Tudo começa no mundo das idéias, do pensamento.Por isso a importância de se pensar positivo, mesmo que seja muito difícil.<br />É difícil, mas penso que este é o caminho correto.<br />Não gostava de usar qualquer dificuldade de minha filha, como desculpa para alguma dificuldade minha. Não queria me colocar e nem queria que me colocassem no papel de vítima. Isto afasta as pessoas e faz mal a nós mesmos. De vez em quando tinha minhas recaídas.<br />Refleti muito sobre a frustração de não ter tido uma filha saudável, e tento manter esta questão bem resolvida.Minha filha foi especial e precisou do meu amor.Não posso ser egoísta me martirizando por ter tido uma criança com necessidades especiais.Assim, só faço mal a Luiza, que não merecia e nem merece isso.Ela já tinha tido problemas demais...Tinha que ser generoso aceitando a sua condição e olhar sob a perspectiva de minha filha.Aceitação é o que deve ser buscado. É onde começa a transformação.O que me ajudou muito a pensar desta forma, foi conhecer outras crianças especiais, cada uma especialmente diferente. Não tinha mais, como avaliar se o meu caso era “melhor” ou “pior”. Às vezes comparando, me sentia de certa forma em situação melhor.<br />Este contato ajuda a lidar com aquela pergunta que está na cabeça de todos nós:“ Porque Eu?”.No mínimo, este questionamento se transforma em “Porque nós?”.O que posso dizer, é que a Luiza foi um presente para mim.Difícil de desembrulhar, mas um belo presente.<br />Muitas pessoas não entenderão e pensarão que eu de alguma forma surtei, mas é a verdade. Eu até, confesso que demorei um pouco a compreender isso. Hoje compreendo totalmente.Vejo que Luiza me deu forças (quem sou eu pra me queixar da vida, quando eu tive uma guerreirinha que amava viver, apesar de todas suas dificuldades e dores), e me ensinou muito. A mim e a outras pessoas que tiveram a oportunidade de ter uma convivência mais íntima com ela.<br />Mudei minhas perspectivas, o modo de observar e entender o mundo. Luiza uniu e transformou pessoas.Ela trouxe Luz para mim, para a família e mesmo não mais presente fisicamente, continua nos ensinando a praticar o amor incondicional, aquele que não se pede nada em troca.Acredito, que muitos acontecimentos, têm um propósito maior, e que se hoje são incompreensíveis para mim, espero compreendê-los um dia.A linha que separa estar vivo, de não estar, é muito tênue.Penso que é impossível que não exista algo além de um corpo feito de carne, já que em um momento somos toda a complexidade de estar vivo, e em outro não somos mais nada. Penso Também que a mãe da Luiza está bem e que de alguma maneira olha por ela.Creio em tudo isso, não apenas porque me disseram ou li em algum lugar, mas porque realmente sinto. Abraços e força a todos...</em></div><br /><em>Gustavo Legey</em>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-40150402108558182082010-12-30T07:40:00.000-08:002010-12-30T08:27:22.976-08:00Um Ano Novo Cheio de Amor e Luz!<div align="justify">Queria poder abraçar cada um que tem participado, junto conosco deste espaço.</div><div align="justify">Gostaria de poder dizer pessoalmento o quanto é importante essa troca de experiências e o quanto tem me fortalecido.</div><div align="justify">Então, como a distância não permita que faça isso com todos, busquei uma forma que pudesse de certa forma transmitir isso... Aquí no RS, uma emissora de TV, todos os anos utiliza um música bem "bonitinha" pra desejar aos telespectadores um bom próximo ano...e esse ano a nossa AMADA madrinha, a Madrinha da Associação Sindrome do Amor, a cantora Maria Rita, foi a interprete dessa múcia, o que logicamente trouxe um clima bem amoroso.</div><div align="justify">O clip está aí em baixo... vejam...e FELIZ ANO NOVO, COM MUITA LUZ E AMOR A TODOS.</div><div align="justify"></div><p align="justify"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwa4paaq-hqGN_tvBH_6V7uddv5Zwcm4ZCd0jCZcFFW_azc3R2Hq9dNs0NQytNwkoVy4ngK7MvD5iZsfJ2VuQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-50808612431706796402010-12-09T08:10:00.000-08:002010-12-09T17:30:21.071-08:00Espera e chegada. . . e vida e o amor seguem!<!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal">Queridos amigos,<br /><br />Quando nos deparamos com a situação de "PAIS ESPECIAIS", percebemos que nos envolvemos em um mundo repleto de incertesas, de esperas e também de chegadas...Incertezas sobre o amahã, esperas de soluções e chegada de noticias boas e as vezes inesperadas<br />Desde que Deus (ou natureza se preferirem) nos confiou a guarda da Ana Luiza , a Zizinha, cuja história de amor e luz, conto humildemente aquí neste espaço, percebo que minha vida também mudou...Hoje sei que sou mais confiante em aceitar as situações reservadas a mim, e deixei desabrochar no meu coração, o amor incondicional...<br />Sempe me questionava, como seria a vida de um pai ou mãe, esperando um próximo filho após um filho especial. A Ana Luiza nasceu bem pequenininha, com um grave problema cardiaco, portadora da Sindrome de Edwards...como seria ter outro filho após ela? Será que que saberia amar esse outro filho tanto quanto amo a Ziza? Será que saberia respeitar as diferenças e situações especiais que ele certamente teria, embora em outra circuntâncias?<br />Depois das dúvidas, veio a oportunidade, depois veio o momento da espera, e finalmente chegou a hora. Embora nem todos saibam, mas esperavamos com toda a graça, mais um filho querido, o irmãozinho da Ziza. Depois da espera, temos a felicidade de ver chegar o momento: nasceu o nosso menino, que chamamos de Francisco. Ele nacseu aquí em Ijuí-RS, às 08:45 Hs, no dia 04/12/2010 (sábado), pesando 3.195 Kg, cheio de saúde e tranquilidae.<br />Sei que estão com muita curiodsidade para conhecê-lo..então lhes apresento o Francisco!<br /></p> <div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqATTCcari-BdGJum3BCxR5u7Dqo5L6DPz4183p6wAVjz76oZUrqJtZRObEui3zn-RRjPDKCKWvjiCe-vZ21lYOb5ybjA52mWuMn_0t-2H2zxjeHSnOPKz-nO8w-8QcQZyvKaC1EoKzZw/s1600/francisco+dormindo.JPG"><img style="cursor: pointer; width: 198px; height: 279px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqATTCcari-BdGJum3BCxR5u7Dqo5L6DPz4183p6wAVjz76oZUrqJtZRObEui3zn-RRjPDKCKWvjiCe-vZ21lYOb5ybjA52mWuMn_0t-2H2zxjeHSnOPKz-nO8w-8QcQZyvKaC1EoKzZw/s200/francisco+dormindo.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548858307916978434" border="0" /></a></div><p style="text-align: center;" class="MsoNormal"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9KoM6hW406p8E_ukKX-rXr_3Z78wkdPaHzKfhVuD4APfu0W6d79surJNx47Bz3MTURiRWbgItn7iFmi8gc0pooefJKFK61EFgJLBYrp0rgps4TX_p2VBJDLUlQYWTCeYJ2yP5VF2hxtM/s1600/n%25C3%25B3s+tr%25C3%25AAs.JPG"><img style="cursor: pointer; width: 200px; height: 163px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9KoM6hW406p8E_ukKX-rXr_3Z78wkdPaHzKfhVuD4APfu0W6d79surJNx47Bz3MTURiRWbgItn7iFmi8gc0pooefJKFK61EFgJLBYrp0rgps4TX_p2VBJDLUlQYWTCeYJ2yP5VF2hxtM/s200/n%25C3%25B3s+tr%25C3%25AAs.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548857852212632482" border="0" /></a></p> <p class="MsoNormal">Abraços, com muito carinho e agradecimento<br /><br />Eloir</p>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-14746728850648846532010-12-01T05:03:00.001-08:002010-12-03T06:38:23.639-08:00A Geneticista....<div> <br /><br /> A expectativa pela visita da geneticista estava nos proporcionando momentos de muita ansiedade. Queríamos uma resposta mais objetiva para tudo o que ocorria, e pensávamos que ela era a pessoa mais adequada para nos trazer esse retorno informativo. O que estava acontecendo? Talvez queríamos, verdadeiramente, alguém que pudesse dizer: Não é nada disso, sua filha não tem nada de diferente de qualquer outro bebe! Cada um sabe de seus sentimentos, mas quando de trata de um filho, tudo se intensifica, pois passamos a tratar não só de nós , mas também de outro ser, e que naquele momento era ainda muito frágil.<br /> Havia escurecido há pouco tempo, e nesse clima nostálgico da noite em um hospital, chega aquela senhora. Seu nome era Maria Tereza, se apresentou de forma bastante simpática. Nos pediu licença e foi examinar a Ana Luiza. Como não se tratava de nenhum exame evasivo, tivemos a oportunidade de ficar do lado de fora do “isolamento”, junto à porta, onde víamos tudo o que ela fazia.<br /> Ela não se demorou naquele exame....e isso poderia representar muitas coisas, e entre elas: ser ou não nítida a existência da tal assombrosa síndrome. Ela observou os bracinhos, as perninhas, os pezinhos, o peitinho, o abdômen, e com delicadeza passou a mão na parte de traz da cabeça (essa cena me chamou mais atenção, pois sempre me questionei sobre algumas saliências nessa região, pareia que uma ficha começava a cair).<br /> A Doutora saiu, pediu para conversar conosco, ali mesmo. O espaço era já preparado com cadeiras. Nesse momento todas as técnicas do local se retiraram.... parecia que elas queriam dar privacidade ao momento, imagino que elas já sabiam de uma resposta que nós queríamos até o último momento, acreditar não ser verdade. Ela então olhou para nós, fez algumas perguntas à cerca do histórico familiar (idade etc), e depois, com seriedade, e muito respeito disse:<br />-A Ana (e quando ela falava o nome da nossa filha, parecia tão graciosa a sonoridade, deve ser o respeito e o amor pelo trabalho), tem algumas características bastante típicas em crianças com algumas síndromes. Precisamos aguardar o cariótipo ficar pronto para termos à certeza.<br />-Mas Doutora, qual síndrome poderia ser?<br />-Existem duas síndromes que às vezes apresentam características semelhantes, a Trissomia do 13 e a Trissomia do 18....Mas, se houver a confirmação de alguma síndrome, acredito ser a Trissomia do 18, ou também conhecida por Síndrome de Edwards.<br />Olhei para ela, e com o coração apertado, ultrapassando o medo, e fazendo uma analogia respeitosa com a síndrome de Down, perguntei:<br />-É mais grave que síndrome de Down?<br />-Sim, é mais grave! – respondeu ela.<br />Como se aquela fosse a última gota para que transbordasse um grande recipiente de incertezas, começamos nós, eu e a Elizangela a chorar. A Doutora, ficou em silêncio, esperando passar aqueles momentos. Ela deve ter presenciado muitos desses casos, afinal de contas é a área de atuação dela. Logo nos tranqüilizamos um pouco, e questionei sobre o tempo de vida, o que ela respondeu, categoricamente:<br />-Hoje não se costuma mais se falar em tempo de vida, pois a medicina está bastante avançada em se comparada há tempos a traz. Porém nesses casos geralmente o tempo é curto, vai depender muita das más formações. Sabemos por exemplo, de um menino aqui em Porto Alegre, com a Síndrome de Edwards, com 15 anos... ele não tem más formações tão importantes, e parece que até está começando a dar uns passinhos, e tem alguma comunicação.<br />Então havia alguma chance de vida, esse era o meu pensamento. Quem sabe corrigindo a cardiopatia ela não ficasse bem? Mas mesmo, a doutora falando que a Ana Luiza tivesse as características típicas de um bebe sindromico, preferia acreditar na chance de não ser. Não saberia dizer, se era esperança ou auto proteção esse meu sentimento...mas tinha a certeza, que minha filha precisava de mim. Deveria seguir confinado!<br />A Doutora saiu, e antes disso nos informou de que nos encontraríamos novamente após o exame estar pronto.<br />Nós entramos, para ficar mais um pouquinho com nossa filha, e depois voltamos para o albergue, precisávamos descansar.<br /><br /><br /><br />Essa impressão de estarmos vivendo um sonho estranho, permaneceu algum tempo. Imagino que na maioria dos casos seja assim.<br /><br /><br /><br /><br />Abraços<br />Eloir</div>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-35566084748275681532010-11-30T09:12:00.000-08:002010-11-30T09:14:01.047-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJgdh1AibDnwHJy9thEJuRqnuJVmQR8N56Y5snc8a8Snilkroamx26CDv4n93MJdh0dBgh46pS6hYxOePTricPo3nA9uiY_sXmw5IAVpITkq5HTE-H-y0Cxi14kFlJsG1p5_GGYvK1kj8/s1600/Convite_Lancamento_Livro_web.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5545392052082444914" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 280px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJgdh1AibDnwHJy9thEJuRqnuJVmQR8N56Y5snc8a8Snilkroamx26CDv4n93MJdh0dBgh46pS6hYxOePTricPo3nA9uiY_sXmw5IAVpITkq5HTE-H-y0Cxi14kFlJsG1p5_GGYvK1kj8/s400/Convite_Lancamento_Livro_web.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-4246280018174823512010-11-29T08:20:00.000-08:002010-11-29T09:14:46.436-08:00Hospedagem, leite materno e seqüencia na históriaAmanheceu, eu e a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Elizangela</span> permanecemos no hospital. Eu não havia comentado nada sobre a conversa com a médica da noite, <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">quis</span> preservá-la dessa tensão. Fomos chamados pela médica deste turno, para conversarmos um pouquinho. Entramos na tal sala de reuniões da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">uti</span> e nos deparamos com a médica. Uma jovem senhora, talvez quarenta anos. Muito <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_3">simpática</span>, mas tratava tudo com muita seriedade. Sobre a mesa uns dois ou <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_4">três</span> livros abertos, parecia que estava pesquisando algo. Seu nome era Andréia.Ela se apresentou, nos <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_5">convidado</span> a nos sentarmos.<br />Essa seria a médica responsável pelo caso da Ana L<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">uiza</span> enquanto ela ficasse no <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_8">Hospital</span> Mãe de Deus. Ela começou a falar:<br />- Ontem minha colega já falou algo. <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_9">Talvez</span> sua filha seja portadora de uma <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_10">síndrome</span>. Sei que vocês não queriam, afinal de contas ninguém queria. Vamos encaminhar um exame chamado cariótipo, para identificar. E também já chamamos uma geneticista.<br />-Vocês suspeitam de alguma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">sindrome</span> em especial, tem como nos falar?<br />-Não podemos afirmar, porém temos algumas suspeitas de que talvez seja a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Trissomia</span> do 18 ou do 13- apontando para os livros-...<span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_13">quem</span> poderá falar melhor é a geneticista e para confirmar mesmo somente o cariótipo.<br />Pra mim tudo era muito distante. Lembrava alguma coisa do <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_14">colégio</span>, mas tinha a impressão de que essas <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_15">síndromes</span> eram na verdade "leves", e que minha filha teria um vida "normal".<br />Terminamos a conversa, a médica se colocou a disposição para qualquer coisa.<br />Passamos pelo "isolamento" (ou <em>isola</em> como era chamado), ficamos olhando um pouco a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">Zizinha</span> e depois <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_17">saímos</span>.<br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_18">Precisávamos</span> agora <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_19">achar</span> um lugar para ficar, afinal de contas Porto Alegre fica cerca de 500 Km de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">Ijuí</span>, e <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_21">não</span> <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_22">tínhamos</span> parecentes lá.<br />Já sabiamos de um albergue na capital, que era mantido por um Deputado Estadual natural de Ijuí, que era muito bondoso e prestativo, e que não pedia nada em troca.<br />Uma amiga minha já havia entrado em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">contato</span> com o <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_27">responsável</span> por esse local, e nos passou a localização, telefone, etc.<br />Fomos de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">taxi</span>. Ficava à uns 15 minutos do hospital (de carro). Ficava numa rua pequena, tranquila durante o dia. A casa era bem linda, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">clarinha</span> , com <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">arquitetura</span> antiga.<br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_31">Entramos,</span> o rapaz que cuidava nos recebeu respeitosamente. Nos informou o funcionamento: os quartos eram separados para homens e mulheres, o banheiro era <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">coletivo</span>, a cozinha poderia ser usada mas deveria ser mantida em ordem e a limpeza da casa era realizada por todos.<br />Ficamos tristes em saber que <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_33">iríamos</span> ficar separados...mas como aquele dia não tinham muitos hospedes, ele permitiu que <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_34">ficássemos</span> juntos. <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_35">Ficamos</span> mais felizes, agora!<br />Logo encontramos, hosptedados, um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_36">bebezinho</span> com a mãe e a tia. Ele havia operado o <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_37">coração</span> e estavam quase indo embora...eram uma alegria só. <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_38">Ficava</span> imaginando: quando vai chegar o nosso dia?<br />Tomamos um banho. Comemos alguma coisa e voltamos para o hospital.<br />A <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_39">uti</span> e a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_40">salinha</span> dos pais estava cheia de papais e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_41">mamães</span>. Aí começava nova etapa, o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_42">contato</span> com todos, as troca de experiências.<br />A enfermeira, convidou a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_43">Elizangela</span> a esgotar o leite na maquina. <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_44">Estávamos</span> preocupados, que a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_45">Elizangela</span> não tivesse mais leite, depois de tanto agito. E lá se foram as duas, para uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_46">salinha</span> especial.<br />Alguns minutos depois saiu a minha esposa, com um sorriso largo, dizendo:<br />-Aqui eles tem dois <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_47">bebezinhos</span> que sugam o leite lá dentro!<br />-Como assim? - perguntei com leve sorriso, e com ar de <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_48">desentendido</span>.<br />- A maquina imita à sucção dos bebes...Você não acredita a quantidade de leite que <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_49">consegui</span> extrair? Um montão...acho que foi mais do que todo o leite que já tinha <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_50">tirado</span> até agora..<br />Rimos os dois. Ficamos tranquilos, pois <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_51">sabíamos</span> que o leite seria muito importante para Ana <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_52">Luiza</span>. Com isso comprovamos a <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_53">importância</span> que o hospital dava ao leite materno...devia ser algo <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_54">importante</span> senão não incentivariam, não é mesmo?<br /><br />Esses momentos foram muito intensos...preciso <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_55">dividi</span>-los em várias etapas. Na <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_56">próxima</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_57">postagem:</span> a conversa com a geneticista e a rotina de pais de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_58">uti</span> vai se revelando.<br /><br />Abraços<br /><br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_59">Eloir</span>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-58772018350600465222010-11-10T09:25:00.000-08:002010-11-29T08:20:40.388-08:00Surpresas e reconhecimentoMe avisaram que eu poderia entrar para falar com a médica e ver a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Zizinha</span>, porém, antes precisava vestir uma roupa especial e higienizar as mãos. Era tudo novo, e agora a enfermeira iria me ensinar como me preparar para <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">entrar</span> na <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">uti</span>: precisei tirar o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">relógio</span> e a aliança, também fui informado de que eu não poderia em hipótese alguma usar o telefone celular dentro da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">UTI</span>, e no final ela me ensinou lavar as mãos (que <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">alí</span> era desde os cotovelos...<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">rsrs</span>). Me explicaram que era uma garantia a mais para minha e filha e todos os outros <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">bebezinhos</span>. Fiquei surpreso, mas me trouxe uma grande segurança quanto à responsabilidade do trabalho.<br />Enfim...entrei. Me deparei com um balcão em forma de curva, e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">alí</span> sentada estava a médica. Parecia jovem, tinha os cabelos escuros, lembrava aquelas mulheres indianas. Era séria, serena e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">objetiva</span>...depois descobri o tamanho da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">objetividade</span>....<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">rsrs</span>. Me fez algumas perguntas (idade, etc.), e fez algumas anotações. Liberou para que eu fosse ficar um pouquinho com a Ana <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Luiza</span>, e avisou que depois me chamaria novamente para conversarmos mais.<br />A enfermeira me conduziu, e me explicou que a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Ziza</span> ficaria num local chamado "isolamento", devido ela ter vindo de outro hospital. Cheguei até o local, era bem <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">isoladinho</span> mesmo...a técnica, estava dando um banho nela, com muita espuma....Logo <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_15">percebi</span> algumas diferenças, no lugar da <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_16">incubadora</span> agora tinha um <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_17">berço</span> aquecido...achei estranho pois minha filha não estava bem, e pra mim berço aquecido era para bebes em situações melhores...mas enfim!!! <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_18">Percebi</span> também que a movimentação <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">alí</span> naquele <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">lugarzinho</span> estava grande, e logo me pediram para sair um pouquinho, pois precisavam realizar um procedimento (pegar um acesso venoso, depois descobri)...na saída <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_21">vi</span> chegando um equipamento de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">ultrasonografia</span>.<br />Saí, e agora a enfermeira me conduziu para uma sala de espera exclusiva para os pais da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">uti</span>... gente era tanta gentileza...a enfermeira me <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_24">ofereceu</span> um travesseiro e um <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_25">lençol</span>...aceitei bastante agradecido e lá fiquei, esperando me chamarem.<br />Acredito que já era umas 02 horas da madrugada, quando entrou na <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">salinha</span> a enfermeira, me chamando para conversar com a médica. Olha, que susto! A médica querendo conversar...o que será que ela queria? aconteceu alguma coisa?<br />Dessa vez me <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">conduziram</span> a uma sala diferente, tinha ar de sala de reuniões, e ficava dentro da área da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">uti</span>.<br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_29">Estávamos</span> lá: eu, a enfermeira e a médica.<br />A médica começou perguntando:<br />-O que disseram para o senhor, quando organizaram a vinda do deu <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_30">bebe</span> <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_31">aqui</span> para Porto Alegre?<br />-Nos disseram que ela precisava do suporte de uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">uti</span>, devido a má formação <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_33">cardíaca</span>, que precisava ganhar peso, para futuramente fazer uma cirurgia...não sei ao certo, penso que foi isso. - respondi.<br />-Possivelmente sua filha tenha uma <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_34">síndrome</span> genética...o senhor <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_35">sabe</span> o que é isso?<br />-Já ouvi falar em <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_36">síndrome</span> de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_37">down</span>...<br />-<span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_38">Síndrome</span> é uma s<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_39">ituação</span> onde existem diversas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_40">características</span> que se repetem em vários <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_41">indivíduos</span>...lhe adianto que sua filha não tem <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_42">síndrome</span> de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_43">down</span>, é outra <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_44">síndrome</span>. E eu não posso garantir que ela vá para casa!<br />Fiquei sereno (não sei como)...estava assustado internamente...A médica achou esquisito o meu comportamento, e questionou:<br />- O senhor está me entendendo?<br />-Sim! -respondi tranquilamente. Estava mesmo tranquilo, queria acreditar que não era nada grave, e realmente estava confiante que não fosse. Nesse momento ela começou a me <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_45">relacionar</span> algumas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_46">características</span> da Ana <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_47">Luiza</span>, que poderiam indicar alguma <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_48">síndrome</span>:<br />- O senhor nunca viu as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_49">mãozinhas</span> dela, que ficam serradas...a boquinha é menor, o peso é baixo, a orelha é um <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_50">pouco</span> diferente e tem um "lóbulo"....<br />Entenderam agora, o por que da forte impressão da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_51">objetividade</span>, que destaquei nela?<br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_52">Respondí</span>:<br />-Eu pensava que a <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_53">mãozinha</span> era pelo fato dela ser <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_54">pequenininha</span>, pois ela abre as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_55">mãozinhas</span>..<br />Se não bastasse tudo isso, agora a enfermeira ainda ia fazer uma contribuição, logicamente sem a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_56">intençã</span>o de ferir:<br />-Os <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_57">pezinhos</span> também são diferentes, tem o calcanhar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_58">pontudinho</span>, parecem ser <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_59">tortinhos</span>, as unhas, etc....<br />Finalizando a conversa, a médica mais uma vez:<br />- O senhor está entendendo? Talvez sua filha não vá ficar bem ou ir para casa?<br />E <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_60">segui</span> "sereno". E ela, deu o ponto final à conversa:<br />- Vamos encaminhar o exame cariótipo, e depois veremos os procedimentos. Agora é melhor o senhor ir descansar, a viagem foi longa.<br />Saí acompanhado da enfermeira. Não pude ir até a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_61">Ziza</span>, pois estavam ainda em procedimento. Voltei para a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_62">salinha</span> dos pais.<br />Lá pelas 05 horas da madrugada, não me aguentei e fui até aonde estava a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_63">Zizinha</span> (vocês devem ter percebido que o acesso é <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_64">irrestrito</span> aos pais, desde que não haja nenhum procedimento). Quando entrei na sala vi a Ana <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_65">Luiza</span> dormindo, não muito tranquila. Falei um pouco com a técnica, que por sinal era muito simpática, e também se chamava Ana. Em seguida, tocou o meu celular, ou melhor <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_66">vibrou</span>, pois deve-se evitar ao máximo o barulho lá <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_67">dentro</span>...saí <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_68">rapidinho</span> para atender, pois como já falei era <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_69">PROIBIDO</span> atender celular na <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_70">uti</span>. Era a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_71">Elizangela</span> dizendo que acabara de chegar na rodoviária e que estava se dirigindo para o Hospital. Pediu que eu a esperasse na recepção.<br />Depois de alguns minutos descí até a recepção, e em seguida vejo a Elizangela entrando. Nos abraçamos. Fali que estava tubo bem. Subimos para a salinha dos pais, e lá deixamos a bagagem num cantinho.<br />Levei a Elizangela até a uti, mostrei como deveria ser o "ritual" antes de entrar, e depois fomos até o isolamento onde estava a Ana Luiza.<br /><br /><br />Foram momentos de muita tensão... a incerteza sempre traz muita angústia. E para vocês como foi?<br /><br />Abraços<br /><br />EloirDE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-44864629861261073012010-09-15T06:23:00.000-07:002010-09-15T11:06:03.637-07:00Viagem de UTI MÓVEL<span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_0">Esperávamos</span> a ambulância chegar, ela vinha de numa cidade vizinha...Nosso coração se envolvia em sentimentos diversos, era um misto de aflição, angustia, tristeza, e amor!<br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Tinhamos</span> que decidir quem iria junto na ambulância, só poderia ir um de nós. Decidimos que eu iria de ambulância, e a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">Elizangela</span> de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">ônibus</span> (devido a <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_4">cesariana</span>, as <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_5">poltronas</span> do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">ônibus</span> pareciam ser mais confortáveis). Arrumamos <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_7">rapidamente</span> algumas roupas em uma mala. Ficamos lá no hospital naquela espera angustiante: não pela <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_8">demora</span> do transporte mas pela <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_9">incerteza</span> daquele novo momento.<br />De repente umas pessoas diferentes chegam ao <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_10">berçário</span>..passava das 17:00 horas. Pareciam que estavam indo para uma <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_11">guerra</span>: vestiam <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">macacões</span> de resgate, era até engraçado. E traziam uma incubadora de viagem.<br />Eram duas moças: a médica e a enfermeira. Tinham o semblante tranquilo, transmitiram a mim muita segurança.<br />O pediatra da Ana <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Luiza</span> também estava lá a espera destas pessoas, e então nesse momento conversou com a Médica que iria acompanhar o transporte e passou as informações necessárias e os relatórios.<br />Colocaram a Ana <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">Luiza</span> na incubadora e seguimos. Os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">profissionais</span> da enfermagem do Hospital e o <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_16">Pediatra</span> nos transmitiram votos de sorte e confiança...nos despedimos.<br />Chegamos na ambulância e <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_17">conheci</span> mais um personagem <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">inesquecível</span> das viagens: o motorista. Ele se apresentou com um largo sorriso e pediu gentilmente que eu assinasse um documento referente a viagem. Assinei, e ele me informou que eu iria juntamente com ele na cabine, enquanto a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">Ziza</span> viajaria com a equipe na parte de <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_20">traz</span> (logicamente).<br />Me <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_21">despedi</span> da minha <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_22">família</span>, confortei a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">Elizangela</span> (ou ela a mim, não sei!) e seguimos viagem.<br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_24">Logo</span> <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_25">percebi</span> que nossa viagem, além de todos os sentimentos que eu já havia citado antes na espera, seria também envolvido em um clima de aventura. Não <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_26">sei</span> se vocês já fizeram uma viagem nestas condições...mas no meu caso, o motorista corria muito: agora entendia o motivo dos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">macacões</span> da equipe, parecia coisa de filme. Mas não era filme..era real! Minha filha estava <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">alí</span>...e eu o que fazer? Sei lá! Aproveitei a simpatia do motorista e comecei a <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_29">perguntar</span> um monte de coisa. Acho que ele era treinado para aturar pai aflito! Minha conversa as vezes dava <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">uma pequena</span> pausa quando a minha angustia era incontrolável, e eu precisava respirar fundo, fazer um prece bem envolvente (em silêncio, claro!). Vez ou outra eu perguntava para a médica se estava tudo bem com minha filha, e ela sempre respondia que estava tudo "<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">ok</span>", e ela também muito <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_32">simpática</span> me oferecia balas..<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">rsrs</span>. Sempre Deus nos colocando em meio à anjos. Entre esse clima, ainda cheio de sentimentos diversos, a médica me questionou, de forma tão discreta que quase não <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_34">entendi</span> o motivo:<br />- Qual sua idade?<br />- 29.- Respondi.<br />- E sua esposa?<br />- 28. -Respondi tranquilamente também, mas já me indagando em pensamento.<br />- Vocês tem outros filhos?<br />- Não é nossa Primeira! -Falei com orgulho, mas logo aquela ponta de indagação mental, se transformou em "verbo", e saiu meio que gaguejando:<br />- Por que? tem algum problema que não estamos sabendo?<br />- Não! É que as vezes casos de cardiopatia, associados a baixo peso, podem estar indicar <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_35">ama</span> <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_36">situação</span> de <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_37">síndrome</span> genética. Mas não se preocupe! -respondeu ela.<br />- Mas o que isso quer dizer, o que vai acontecer agora? - Já retornei imediatamente com um novo questionamento.<br />- Possivelmente lá em Porto Alegre eles <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_38">façam</span> um exame chamado "cariótipo", e aí se tira a dúvida, e se encaminha para os tratamentos. É preciso esperar agora.<br />Nessa conversa surgiram coisas novas. <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_39">Síndrome</span>? Pra mim <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_40">síndrome</span> genética só conhecia <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_41">DOWN</span>, e a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_42">Ziza</span> não tinha as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_43">caracteristicas</span>...Será?<br />Será? Será? Eram muitos "serás" nessa história.<br />Na viagem a minha filha estava até bem tranquila, dormia e só acordava e chorava um pouco quando <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_44">passavamo</span>s por algum buraco na estrada. O motorista vez ou outro questionava a médica se estava tudo bem, o que quase instintivamente também me colocava na obrigação de <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_45">questionar</span> o mesmo...e a resposta era sempre a mesma : SIM!<br />Chagamos em Porto Alegre. Logo se percebia a diferença: a movimentação típica das cidades grandes.<br />Seguimos mais alguns minutos <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_46">estávamos</span> na porta do Hospital Mãe de Deus, quase 05 horas após a partida de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_47">Ijuí</span>.<br />A equipe da ambulância saiu rapidamente, descarregaram a incubadora com a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_48">Zizinha</span> (mesmo naquela <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_49">situação</span> estava linda) e seguiram com ela até um elevador. Eu logicamente sempre <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_50">atras</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_51">não q</span><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_52">ueria</span> perde-las de vista. Chegamos na porta da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_53">UTI</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_54">NEO</span>-NATAL, onde tive que esperar enquanto elas levavam minha filha.<br />Parecia tudo <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_55">entranho</span>. Aquele barulho de aparelhos apitando, aquele monte de incubadoras, aquela correria.<br />Em seguida a Médica e a Enfermeira (da viagem) <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_56">saíram</span>, se despediram de mim, e já estavam indo, quando eu mais uma vez precisei questionar, pois estava completamente perdido:<br />-E agora o que eu faço?<br />-Aguarda <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_57">aqui</span> que eles já vem falar <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_58">contigo</span>! Agora eles vão pedir o cariótipo que te falei. Fica tranquilo! - Respondeu a médica.<br />Nossa! Um novo momento estava surgindo na nossa "nova rotina". Nunca tinha sequer passado perto de uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_59">uti</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_60">neo</span>-natal, e agora <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_61">estava</span> dentro de uma em Porto Alegre.<br />Será que vão demorar a me chamar para conversar?<br />Fiquei aguardando mais um tempo e logo me chamaram. Eu poderia ver a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_62">Ziza</span> e a médica queria fazer algumas perguntas.<br /><br /><br />Pessoal, preciso <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_63">deixar</span> esse capitulo para a próxima <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_64">postagem</span>. É muito <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_65">intenso</span>, embora tenha acontecido em um relativo "curto" espaço de tempo. A conversa com a médica, a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_66">Zizinha</span> chorando, a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_67">Elizangela</span> viajando, e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_68">solidariedade</span> da enfermagem! Nossa muita coisa mesmo!<br /><br />Aguentem firme, pois logo farei a próxima <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_69">postagem</span>...PROMETO.<br /><br />Abraços<br /><br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_70">Eloir</span>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-8210552017234119092010-08-23T09:56:00.000-07:002010-08-23T11:24:57.999-07:00Novos momentos...Os dias seguiram, a Ana <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Luiza</span> permanecia na incubadora, a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Elizangela</span> esgotando o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">leitinho</span> e eu "pra lá e pra cá".<br />Algumas poucas <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_3">visitas</span> "discretas", ninguém sabia muito bem o que dizer, mas sempre saía uma palavra amiga de felicitação e conforto.<br />O cardiologista foi ao Hospital, conversou novamente <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">conosco</span>, desenhou em um papel o que a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">Ziza</span> tinha <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_6">no</span> coração. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">A Elizangela</span> já estava mais preparada, foi mais <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">fácil ter</span> deixado que o Dr falasse das questões mais complicadas.<br />Já <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_9">estávamos</span> há três (03) dias no hospital, <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_10">minha</span> esposa teve alta. A principio tudo <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_11">tranquilo</span>! Arrumamos as coisas, passamos rapidamente no <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_12">berçário</span> e fomos embora. Chegando em casa... Tudo <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_13">tranquilo</span>? <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">Talvéz</span> não estivesse tão <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">tranqülo</span> assim: uma <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_16">sensação</span> de que estava faltando algo em casa! Na realidade estava mesmo...<span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_17">queríamos</span> nossa filha <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">conosco</span>...esperamos por isso durante nove (09) meses. Nos olhamos...num silêncio indescritível, se caísse uma agulha <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_19">ouviríamos</span>. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">Alí</span> permanecemos...deixamos correr algumas <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_21">lágrimas</span>. E antes que <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_22">começássemos</span> com as lamentações, falamos: Vamos voltar para o hospital!<br />Estava se iniciando uma <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_23">nova</span> rotina, hospital-casa, casa- hospital. Nos <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_24">sentíamos</span> "confiantes"...a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">Zizinha</span> iria ganhar peso, faria a cirurgia, e ficaria bem...agora era só ter paciência.<br />No primeiro sábado, como numa busca por novas energias, fui até a instituição religiosa que frequentamos, para acompanhar os trabalhos com um grupo de 80 crianças carentes. Foi muito bom: crianças sempre tem muita energia boa. Conversei com alguns conhecidos, e acabei conversando mais <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">diretamente</span> com a coordenadora. Muito simpática, delicada ao falar, me trazia novas esperanças, ela teve também um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">bebezinho</span> com problemas <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_28">cardíacos</span>, e que havia falecido.<br />Voltei ao hospital, e transmiti as boas energias que eu havia recebido.<br />Naqueles dias iniciaram-se alguns procedimentos...como a Ana <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">Luiza</span> precisava receber medicação pelo "<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">sorinho</span>", e ela estava com dificuldade de acesso, foi preciso realizar uma "<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">flebo</span>" (não sei como de escreve, mas é <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">assim</span> que falavam pra nós. É um acesso, onde se pega uma veia mais profunda, e que dura mais tempo do que o acesso comum).<br />As visitas também começaram a aparecer, mas ninguém podia entrar: todos ficavam olhando ela <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_33">através de</span> um vidro. Olha era meio difícil, pois ela era muito pequena, e <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_34">dentro</span> da incubadora dificultava mais ainda! Eu então <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_35">entrava,</span> tirava umas fotografias e saía para mostrar a todos...ficavam apontando semelhanças no pai (eu -<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_36">rsrs</span>), na mãe, na avó e até no avô. Alguns detalhes como os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_37">dedinhos</span> do pé, diziam que <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_38">era parecido</span> com os do pai (eu sempre tive as unhas encravadas...ai!). Esses pequenos sinais poderiam nos dizer tantas coisas...mas falaremos mais pra frente sobre isso!<br />Ela ia ganhando peso aos pouquinhos, pois também não podia receber muita alimentação devido à restrição hídrica (por causada cardiopatia). Até que um dia tivemos uma grande alegria, a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_39">Ziza</span> havia ganho 50 gramas em um único dia. Pensamos: agora ela engrena de vez...ELA VAI FICAR BOA! Poucas horas depois o primeiro grande susto: PAUSA <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_40">RESPIRATÓRIA</span>. Foi na nossa frente, mas nem <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_41">percebemos</span>. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_42">Ví</span> que a técnica <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_43">mexeu</span> com ela e aumentou o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_44">oxigênio</span>.<br />Minutos depois o Cardiologista, chegou para uma avaliação de rotina...ele também ainda não sabia. Mas viu que a "<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_45">corzinha"</span> estava diferente e ao ouvir os coraçãozinho perguntou: "Ela fez <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_46">apinéia</span>?" A técnica olhou para ele e confirmou com um sinal positivo com a cabeça.<br />Ele foi até nós e disse: "Vamos precisar levar a pequena para <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_47">Porto</span> Alegre, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_48">talvéz</span> ela venha a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_49">precisar de recursos</span> que não dispomos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_50">aquí</span> na <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_51">região</span>!"<br />Gente que susto! <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_52">Aquí</span>, pra nós, ir para Porto Alegre é sinal de "última coisa a se fazer".<br />Começavam os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_53">contatos</span> com plano de saúde, transporte e Hospital da capital gaúcha.<br />O nosso plano de saúde não cobria transporte...mas com o auxilio de pessoas maravilhosas conseguimos o <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_54">transporte</span> com o Sistema se <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_55">Saúde</span> Público.<br />Precisamos buscar autorização do Plano, que liberou sem <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_56">nenhuma</span> ressalva...<span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_57">disseram</span> inclusive que havia total cobertura.<br />Quanto ao Hospital, o Pediatra e o Cardiologista escolheram o melhor <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_58">daquí</span> do estado: <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_59">Hospital</span> Mãe de Deus. A vaga foi conseguida com tranquilidade.<br />Ficamos então esperando a ambulância chegar para nos deslocarmos...<br /><br />O maior medo <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_60">sempre é</span> de não saber o que está por acontecer...o que <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_61">o</span> futuro nos reserva. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_62">A tranquilidade</span> de poder viver o momento é o melhor "<span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_63">antídoto</span>" para <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_64">sofrer</span> menos. Acho que tivemos esse comportamento, pois apesar da nossa dor ser grande, ela poderia ser desesperadora. Sempre tivemos como meta o amor e o bem estar da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_65">Ziza</span>...não <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_66">estavamos</span> <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_67">fugindo</span> do foco.<br /><br />Amigos! Sigamos irmanados no foco principal das nossas vidas: AMAR. Cada um tem uma forma, mas nunca tenhamos medo de aproveitar cada <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_68">momento</span> da vida!<br /><br />Na próxima postagem falarei sobre a viagem, a chegada na UTI Neo-natal e os primeiros atendimentos.<br />Continuamos aguardando seus relatos!<br /><br />Abraços com muito respeito e carinho,<br /><br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_69">Eloir</span>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-40085161555582875412010-08-16T10:15:00.000-07:002010-08-16T10:23:35.755-07:00<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;">A RBS TV Cruz Alta-RS, fez uma homenagem especial para o dia dos pais. Ficamos muito gratos, pois utilizaram o nosso blog como tema da matéria. Disponobiliazamos o link onde poderão assitir a reportagem, e outro link para o blog da TV que apresenta texto e foto relacionados à reporgem.</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=130326&channel=45"><img style="cursor: pointer; width: 137px; height: 108px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9sBfhol1kTlEu-qxT7bABEXpqKxfc4Nj0ZzquhYufMflZIsKKr0ApHqkXbsOza7NqM1j_HBbWppMB_8SziuO_s50xeKzK-BjjzJNDzpDNPcjSMvH16maKcExcY_a2yjSwJNyF04Ef2Po/s200/rbs.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5506058027122692002" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"><a href="http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=130326&channel=45">http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=130326&channel=45</a></span><br /> BLOG:<span style="font-size:78%;"><a href="http://wp.clicrbs.com.br/rbstvcruzalta/2010/08/12/amor-sem-fim/?topo=77,1,1#comment-67">http://wp.clicrbs.com.br/rbstvcruzalta/2010/08/12/amor-sem-fim/?topo=77,1,1#comment-67</a></span><br /><br /><span style="font-size:85%;">Um grande abraço a todos<br /><br />Eloir</span><br /></div>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-16644505853287079422010-08-13T09:51:00.000-07:002010-08-15T11:43:18.198-07:00As lágrimas e o auxilio começam a surgir<div style="text-align: justify;">Um dia após o part<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0EcP3vZYWEHJ7f85VjNdMp9IQLT07nSd5KJX1APZekkzV6QmD27PwxBncQ0HVEtVDdf9ChB8tzMuwWK4XoJx-8JFGKWl8qO-qLTH2O65xjSPNY16OwbuszntGYlJT2sth8MaVc73NRe4/s1600/1+incubadora.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 144px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0EcP3vZYWEHJ7f85VjNdMp9IQLT07nSd5KJX1APZekkzV6QmD27PwxBncQ0HVEtVDdf9ChB8tzMuwWK4XoJx-8JFGKWl8qO-qLTH2O65xjSPNY16OwbuszntGYlJT2sth8MaVc73NRe4/s200/1+incubadora.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5505706604191576290" border="0" /></a>o, a mãe já pôde levantar da cama, e eu fui levá-la para ver a nossa "filhotinha" no berçário. Lá fomos nós, a Elizangela na cadeira de rodas, eu conduzindo e uma técnica em enfermagem acompanhando. A Ana Luiza estava na incubadora, mas era possível tocá-la por uma janelinha. Foi realmente um momento muito bonito, família toda reunida (pai, mãe e filha). Naquele momento também começava a batalha chamada"esgotar o leite". A Elizangela fez 1ª extração, saíram alguns mls, que já foram oferecidos à Ziza por uma sondinha. Eu estava lá, rondando e tentando ajudar de alguma forma. Se iniciava algo também novo, que se seguiria por longos meses.<br /></div><div style="text-align: justify;">Voltamos para o quarto, e logo apareceu o pediatra, com muita simpatia e discrição, e dizia: "Lembram que a Ana Luiza está sendo tratada como um prematurinho? Então, como é comum nos prematuros, observei um soprinho no coração. Precisamos a avaliação de um cardiologista pediátrico. Não fiquem preocupados, e vamos esperar a avaliação."<br />Ficamos tranquilos, mas tudo parecia meio fora de lugar..Qual a razão do baixo peso da Ziza? E agora esse "soprinho!<br />Logo na primeira hora da tarde chegou o cardiologista pediátrico, tão jovem quanto o pediatra, porém um pouco mais sério, mas igualmente gentil. Apresentou-se e disse: "Avaliei a Ana Luiza agora, e percebi um sopro no coração. Não sei dizer nesse momento do que se trata, mas talvez não seja o conhecido "sopro inocente". Precisamos fazer um "ecocardio", marcamos para amanhã pois precisa ser feito em uma clínica fora do hospital.<br />Ele se despediu, pediu para que permanecêssemos calmos.<br />Aí o mundo começou a cair! Ficamos muito apreensivos. Qual seria o problema, será que nossa filha nasceu com algum problema sério no coração?<br />No dia seguinte, acordamos cedinho, ajudei a Elizangela com o café e fui acompanhar o banho da Ana Luiza. Foi tão lindo, e rápido também, não deu tempo nem pras fotos.rsrs. E em seguida nos avisaram que a ambulância que nos levaria até a clínica havia chegado.<br />Fomos eu, a Ziza (claro!), uma técnica e a enfermeira, mais a incubadora e um tudo de oxigênio. Que coisa estranha esse monte aparato pra irmos até a clínica. Era necessário naquele momento!<br /></div>Estava tudo pronto para o exame: o Cardiologista Pediátrico, os equpamentos, enfim era uma equipe que pra mim parecia grande. A Ziza estava bem assustada, chorava, se mexia muito, o Dr cogitou em a necessidade de sedá-la...graças a Deus não foi preciso.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmOjPih6JM_G42TiaDsPlkkFdvHpX3YoiLZbEuyztnfv1TwWss6IHoa2kM_pKzHfFuovDqo7UbD0AG2JjQjoNUKNYGWGxbVvNIGAsjFAD1cQ5PjV1Zjiv1DM8sEazNbxtrFPGrqon5ta0/s1600/1+exame.JPG"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 122px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmOjPih6JM_G42TiaDsPlkkFdvHpX3YoiLZbEuyztnfv1TwWss6IHoa2kM_pKzHfFuovDqo7UbD0AG2JjQjoNUKNYGWGxbVvNIGAsjFAD1cQ5PjV1Zjiv1DM8sEazNbxtrFPGrqon5ta0/s200/1+exame.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5505708324717305810" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Ouvia o médico falando, via aquelas imagens, e entendia cada vez menos a situação. Ele chamou um colega para observar uma imagem em especial: eles conversavam utilizando termos técnicos, e eu em alguns momentos "sentia" que eles diziam não ser nada grave, em outros a expressão era de que o caso era gravíssimo. No final, o Cardiologista chegou para mim e disse:<br />-Sua filha tem uma cardiopatia importante, chamada CIV.<br />Eu questionei:<br />-Mas o que é isso? Tem tratamento? O que pode ser feito?<br />Ele, me olhou, e delicadamente respondeu:<br />-Para que você entenda melhor pode-se dizer que é um buraquinho no coração, e o único tratamento é cirúrgico, pois esse buraquinho é muito grande!<br />Eu tentei segurar, mas não conseguí, comecei a chorar discretamente, era uma dor tão grande, era um medo tão forte. Parecia que um buraco se abriu abaixo de mim e eu estava caindo como num pesadelo que não se chega nunca ao fundo. Nesse momento, percebi, que Deus não nos desampararia, Ele já havia colocado pessoas boas no nosso caminho. O Dr colocou a mão no meu ombro, sentí que ele queria me dar um consolo que naquele momento não era possível, e disse:<br />-Desculpa, eu não podia deixar de falar. Não se desesperem! Vamos medicá-la, e vamos esperar ela ganhar peso, é isso que importa agora!<br />A técnica e a enfermeira me olharam, sem nada dizer. Em seguida me chamaram para retornar ao hospital.<br />Chegamos, e eu continuava desolado. Não sabia o que fazer, nem tão pouco o que dizer á minha esposa. Me aproximei da janela e fiquei olhando para um jardim muito lindo, buscando forças. Nesse momento passou por mim a enfermeira, que disse, de forma talvez não muito doce:<br />-Cuidado como vai dar a notícia à mãezinha!<br />Fiquei sem qualquer reação, pensei um pouco, afinal de contas ela tinha mesmo razão: O que dizer á mãezinha.<br />Fui ao quarto, e disse:<br />-A Ana Luiza tem um soprinho no coração. Não entendi bem o que o médico disse, mas ele disse que vão medicar, que tem tratamento e que ela precisa ganhar peso!<br />Meu dia foi horrivel. Não via a hora da Elizangela dormir um pouco....queria muito chorar, chorar, chorar...não queria que ela percebesse que eu estava "apavorado".<br /><br /><br />Amigos queridos! Talvez o início da luta com nossos pequeninos seja sempre muito doída, porém precisamos buscar forças. A Associação Sindrome do Amor é uma grande força de auxilio e ampararo para todos nós.<br /></div><br />Aguardamos o seu depoimento.<br /><br />Muita paz e felicidade a todos nós<br /><br />EloirDE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-2733811541793424322010-08-07T18:10:00.000-07:002010-08-07T18:38:56.589-07:00Um Dia Especial Para Pais Amorosos!<div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(0, 0, 102); font-weight: bold;"> </span> </div> <div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(0, 0, 102); font-weight: bold;">Lutamos, amamos e respeitamos nossos filhos, sejam eles especiais no corpo ou na alma..Somos merecedores de todo o carinho HOJE e SEMPRE.</span><br /></div><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;"></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6r2E3fP5Hnyol38Wn-w5JDmzxrzEx4KfBey1dBynDQeKRgvvhUYb3x6CW_cJaVvUgY1WrxIlCP20IaI_maRnbJscGP6AZVk5TuSOiTYg-TgCPdkt9fkOqIdjRhoTa4vpl06Hao-ETmJ4/s1600/eu+e+ziza.JPG"><img style="cursor: pointer; width: 320px; height: 219px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6r2E3fP5Hnyol38Wn-w5JDmzxrzEx4KfBey1dBynDQeKRgvvhUYb3x6CW_cJaVvUgY1WrxIlCP20IaI_maRnbJscGP6AZVk5TuSOiTYg-TgCPdkt9fkOqIdjRhoTa4vpl06Hao-ETmJ4/s320/eu+e+ziza.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5502847065132461410" border="0" /></a><span style="color: rgb(51, 0, 153); font-weight: bold;font-size:180%;" ><br /><br />Feliz Dia Dos Pais a</span><span style="color: rgb(51, 0, 153); font-weight: bold;font-size:180%;" > todos nós!</span><br /><br /><br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Eloir 08/08/2010</span><br /></div></div>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-74880891641839459892010-07-31T17:40:00.000-07:002010-07-31T17:46:48.061-07:00<p><strong>A VOZ E O MENINO</strong></p><p>Conheça a canção inédita que conta a história de amor entre o bebê especial Thales e a cantora, madrinha da Associação Sindrome do Amor, Maria Rita. O hino da Síndrome do Amor!</p><p> Letra: Carlos Castelo. Música: Tony Freitas. Arranjo: Luiz Macedo</p><p><a href="http://www.sindromedoamor.com.br/site">Clique aquí e ouça a música</a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.sindromedoamor.com.br/site"><img style="cursor: pointer; width: 39px; height: 30px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_7keVtHSS58ATb6ZV-UwiYqhJekCIT_PAJsr59pJkq1lqAvjG0SapjICvWYLF4KXjg0C75ho4DU7w9HC6dCgLdHLipoyTpW5G33jir8o2emWtm9j33jYgtzpMtZm5kcg3OPJtMqaQJdU/s200/logo.bmp" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5500235591376757042" border="0" /></a></p>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-62714102109514354042010-07-26T13:05:00.000-07:002010-07-28T10:39:37.051-07:00O PARTO : acompanhando, registrando...<div style="text-align: justify;"><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CAGRICU%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"> O dia amanheceu ensolarado, mas com o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">friozinho</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">característico</span> do mês de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">agosto</span>. Estava bem ansioso, mas sabia que a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">Elizangela</span> estava mais,e que eu precisava apoiá-la. Não sei se o que eu fazia era o ideal, mas tentava...talvez tenha parecido indiferente ..não sei!</span></p><div> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Entramos no hospital e logo fomos atendidos e conduzidos à maternidade. A <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Elizangela</span> entrou para ser preparada e eu fui para um</span><span style="font-size:100%;">a sala</span><span style="font-size:100%;"> ao lado para colocar aquelas r</span><span style="font-size:100%;">oupas de “centro cirúrgico”. Fiz isso rapidamente, pois não queria perder um único momento. Conferi mais uma vez se a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">câmera</span> fotográfica estava com as baterias car</span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZF5ofvsULu5kKg2sUBnpYepbotN7RiPzpCYJrz5XTeJIQNshtj_k7WYi78Nkkw8-ajHImJHyUSLQBxEzJehiRuH9BvZIj1LbmA92pT6Sa17iTZmyCwVh6nL3X_ab4NczBjlnk_kNkRjI/s1600/zizinhabalan%C3%A7a.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 145px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZF5ofvsULu5kKg2sUBnpYepbotN7RiPzpCYJrz5XTeJIQNshtj_k7WYi78Nkkw8-ajHImJHyUSLQBxEzJehiRuH9BvZIj1LbmA92pT6Sa17iTZmyCwVh6nL3X_ab4NczBjlnk_kNkRjI/s200/zizinhabalan%C3%A7a.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5498376159797057570" border="0" /></a><span style="font-size:100%;">regadas...para o pai às vezes não resta mu</span><span style="font-size:100%;">ita coisa a não ser ficar “calado” e registrar...Nesses momentos geralmente quem aparece nas fotos é a mãe, as enfermeiras, os</span><span style="font-size:100%;"> médicos, o bebê...menos o pai...<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">rsrsrs</span><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>A <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">Elizangela</span> estava </span><span style="font-size:100%;">lá sendo examinada pela té</span><span style="font-size:100%;">cnica, que logo pediu as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">roupinhas</span> para a Ana <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">Luiza</span>...que momento legal, viu?! Pegamos aquela <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">roupinha</span> lilás, que era a menor que tínhamos.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Ficamos em uma sala, onde ficam os futuros papais e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">mamães</span>, mas naquele </span><span style="font-size:100%;">dia estávamos sozinhos...tinham camas para as mães e poltr</span><span style="font-size:100%;">onas para os pais, era bem confortável. A <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Elizangela</span> estava em uma desta</span><span style="font-size:100%;">s camas, já estava com soro. E eu? <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">rsrs</span>. Eu estava lá fazendo tudo pra ela: alcançava revista, fazia massagem nos pés, nos braços, alcançava o telefone que tocava vez ou outra.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Pra mim estava tudo normal, minha filha “só” <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">ía</span> nascer pequena...e</span><span style="font-size:100%;">stava ansioso, como qualquer outro pai de 1ª viagem. Era um frio que vinha na barriga, passava e voltava novamente...<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">rsrsr</span><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>De repente ouvimos a voz do pediatra, sempre <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">tranqüilo</span> e alegre...estava rindo...passava grande segurança, apesar de ser tão jovem. F</span><span style="font-size:100%;">oi neste clima, que a enfermeira apareceu na porta e disse: Vamos! Os médicos já chegaram. </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Nossa que susto! Mas enfim chegava o momento de ver a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">carinha</span> daquele ser tão amado.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span><span style=""> </span>Entramos na sala de cirurgia, e o pai já foi dispensado: a anestesista prefere que o pai se retire. Deve ser uma coisa horrorosa, pra que</span><span style="font-size:100%;">rer </span><span style="font-size:100%;">que a gente saia. Demoraram pra me chamar, eu muito metido e ansioso voltei pra </span><span style="font-size:100%;">lá...imaginem já estavam iniciando o procedimento. Me deram um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">banquinho</span> e lá fiquei....Olhava pra <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">Elizangela</span> e sorria...olhava <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">pros</span> médicos</span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg18jvtq83ZxuPa8NqjMichu-9BWQKS0YiMGwjfwYqyU3sk0nL-aaPw_FZG1CyI8hCZyYyQhLjE3CFFMDweZUitufNCFJuHQVlcURReJIIW0-FaCDIg_ZJ2WpGIZSBzDX-HgVeArFLqeRs/s1600/elizezizinha.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 136px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg18jvtq83ZxuPa8NqjMichu-9BWQKS0YiMGwjfwYqyU3sk0nL-aaPw_FZG1CyI8hCZyYyQhLjE3CFFMDweZUitufNCFJuHQVlcURReJIIW0-FaCDIg_ZJ2WpGIZSBzDX-HgVeArFLqeRs/s200/elizezizinha.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5498376167097107410" border="0" /></a><span style="font-size:100%;"> operando e me apavorava..<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">rsrsrs</span>. Não era tão pavoroso assim , pois eu quase não via nada, tinha aquele pano azul atrapalhando...<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Quando percebi, a anestesista, lá nos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">"papos"</span> com a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">Elizangela</span>, disse: Seu bebê vai nascer em um minuto!<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Coloquei-me apostos co</span><span style="font-size:100%;">m a máquina...<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">rsrs</span>. E fiquei lá, meio torto, <span style=""> </span>tentando ver a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">Zizinha</span> nascer. Quando o médico disse:</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>- Está nascendo...nasceu.</span><span style="font-size:100%;">..e já está fazendo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">xixi</span>....<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Eu vi tudo aquilo...aque</span><span style="font-size:100%;">le</span><span style="font-size:100%;"> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">bebezinho</span> tão, mas tão <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">pequenininho</span>, saindo, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">encolhidinho</span>. Logo ela soltou sua voz, delicada, num choro ba</span><span style="font-size:100%;">ixinho, ma</span><span style="font-size:100%;">s bem marcante. E eu, que estava com todo o sentimento contido até então, quando a vi tão <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">pequeninha</span>, só consegui dizer: Nossa!<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>O pediatra colocou-a na bala</span><span style="font-size:100%;">n</span><span style="font-size:100%;">ça e disse: 1.660 Kg- com aquele ar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">tranqüilo</span> de sempre. Nessas alturas eu me limitava ao registro e a “<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">corujisse</span>” típica dos papais. O Doutor colocou a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">Zizinha</span> na mãe, e levou-a para o berçário, para finalizar</span><span style="font-size:100%;"> o</span><span style="font-size:100%;">s procedimentos. E eu, claro, seguindo todos os passos.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Questionei sobre uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_34">orelhinh</span></span><span style="font-size:100%;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_34">a</span>, que parecia mais <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_35">dobradinha</span>. O médico me disse que era normal!<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span><span style=""> </span>O médico foi preencher as</span><span style="font-size:100%;"> fichas e a técnica do berçário me perguntou: Sua esposa fuma ou bebe? Eu respondi: Não!- um tanto surpreso. <o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>O pediatra voltou a falar comigo, e me explicou, que a Ana <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_36">Luiza</span> era <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_37">PIG</span> (é a denominação dada aos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_38">bebês</span> que nascem baixo do peso, ou melhor prematuros de peso). Me <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_39">tranqüilizou</span>, dizendo que ela ficaria ali, e que estaria bem cuidada. Eu tirei mais umas fotografias, até que a téc</span><span style="font-size:100%;">nica pediu pra me retirar uns instantes, pois a milha filha precisava ficar no soro. Me abalou um pouquinho...mas sai e fui até a sala de recuperação, onde estava a minha esposa. Mostrei as fotos </span></p> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">e fiz questão de deixá-la <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_40">tranqüila</span>, até por que, eu mesmo estava <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_41">tranqüilo</span>, não via nada de tão errado assim</span><span style="font-size:100%;">: minha filha “só” era pequena!<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><div> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>A <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_42">Elizangela</span> foi para oquarto, e eu fiquei indo e vindo, do quarto para o berçário, do berçário para o quarto. <o:p></o:p></span></p><div> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Ainda hoje não sei precisar ao certo o que eu sentia...estava <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_43">tranqüilo</span>, mas </span></p> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">queria muito que minha filha fosse para o quarto. Nem imaginava o que estava por vir...algo maior que eu me amparava. Deixamos as horas passarem e queríamoslogo falar</span><span style="font-size:100%;"> com médicos.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Estou relembrando, e tentando ser o mais fiel possível no relato dos acontecimentos. Sei que isso é </span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiEyrjr3Zzw75uFADTNUQa1R88Tx6o1s_HdyhoRSJBT_7dR7ftv_AbLap0MS4Ul4HtfUAXhf8icwnYKXQD55hQ7_m2mavW3aY_mOpXSdit33FcYZGlkOh87a9dU7ubpSzJXHLXSLa57qk/s1600/Ana+L.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 125px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiEyrjr3Zzw75uFADTNUQa1R88Tx6o1s_HdyhoRSJBT_7dR7ftv_AbLap0MS4Ul4HtfUAXhf8icwnYKXQD55hQ7_m2mavW3aY_mOpXSdit33FcYZGlkOh87a9dU7ubpSzJXHLXSLa57qk/s200/Ana+L.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5498376180440615010" border="0" /></a></p> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">a realidade da maioria, mas não e</span><span style="font-size:100%;">ra possível, <span style=""> </span>não falar.</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">
<br /></span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Na próxima <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_44">postagem</span> es</span><span style="font-size:100%;">tarei relatando a conversa com os médicos, como foi receber certa</span><span style="font-size:100%;">s notícias “duras”, como amparar a mãe e me controlar emocionalmente, a busc</span><span style="font-size:100%;">a de consolo e a esperança!</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">
<br /><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Continuamos esperando as contribuições dos papais.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Abraços de muita amizade e respeito</span></p><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">
<br /><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: center;" class="MsoNormal"><span style="font-size:14pt;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_45" style="font-size:100%;">Eloir</span><o:p></o:p></span></p> DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-138839135205370782010-07-20T06:50:00.000-07:002010-07-21T07:22:40.545-07:00Colaboração amorosa, importante e emocionante!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQVxeBlzoc9VLjEbr_ScCVyHHwoibavzLLKxABq1pYYruVHA2yYZsIyjMQz-afIqk-w-mr02vZxqpjnZBhQkiKdkx2FL4sCmmvvdGXX1TRQeyTJwrVHTG8qh3JbFQyJ5OBUTUHGYnqh-M/s1600/Pietra+e+Sergio%5B1%5D.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 270px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQVxeBlzoc9VLjEbr_ScCVyHHwoibavzLLKxABq1pYYruVHA2yYZsIyjMQz-afIqk-w-mr02vZxqpjnZBhQkiKdkx2FL4sCmmvvdGXX1TRQeyTJwrVHTG8qh3JbFQyJ5OBUTUHGYnqh-M/s320/Pietra+e+Sergio%5B1%5D.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5495991979267082146" /></a><br />Amigos!<br />Ver as histórias se cruzarem e nos identificarmos, traz um ar de grande conforto e fortalecimento. Com as publicações neste blog, nunca tivemos a intenção torná-las modelo para ninguém, mas sempre traziamos a vontade de trazer auxílio àqules que estejam passando por situações semelhantes. A colaboração de outros "PAIS AMOROSOS", tem se mostrado fundamentais no bom andamento desta pequena obra de amor. Recebemos um depoimento emocionante, de um Pai verdadeiro, que abriu conosco o seu coração. É o Sérgio, pai da Pietra de São Paulo (são eles aí nessa fotografia ao lado). Vejamos:<br /><br /><span style="font-style:italic;">"Quando soube que a Vivyan, minha esposa, estava grávida, fiquei feliz como nunca! Meu sorriso ia de “orelha a orelha”. Eu me lembro muito bem de ler o resultado dos exames e pular como um louco, de tanta alegria. No dia seguinte, corri para um shopping e comprei o primeiro brinquedo e a primeira roupinha; como ainda não sabia o sexo, comprei uma amarela. Mas já no primeiro ultrasom deu para saber que se tratava de uma princesa! Toda bonitinha, cheia de curvinhas! Esse foi o primeiro de vários exames, todos feitos com muita tranqüilidade, com os melhores profissionais... e ao final de cada um, sempre o mesmo veredicto: está tudo bem. E estava tudo bem, mesmo. Tudo ótimo! Esses exames feitos hoje em dia são excelentes; já podíamos ver com perfeição a carinha da Pi ainda dentro da mamãe, suas bochechas enormes, e posso jurar que em muitas destas imagens ela estava dando risadinha.Tranqüila. Linda. <br />Passamos meses preparando as coisas. Estocamos fraldas, compramos os móveis, pintamos o quartinho dela de rosa! Só me preocupava em escolher a maternidade, que deveria ser a mais confortável e com acesso fácil (hoje sei que isso não é tão importante assim). Acabamos optando por uma que oferecesse recursos numa situação mais complicada. Sábia decisão...<br />Enfim, já estava na hora, e nada me ocupava a cabeça além do fato de que minha gatinha estava chegando. Apesar de sempre ter afirmado que não teria coragem de assistir a um parto, na hora “h”, quis estar presente, fotografar, filmar, ver minha bebezinha chegar ao mundo de camarote. Nos primeiros momentos, tudo corria bem, mas a chegada foi ficando difícil, demorado... Mas, enfim, a Pietra nasceu, sem muito estardalhaço. De cara percebi que o choro era fraquinho, e que os médicos pareciam um pouco apreensivos. Notei suas mãozinhas fechadinhas, retraídas. Sua boca era bem pequenininha. Nunca havia presenciado um nascimento, mas algo parecia diferente. Mas o meu momento era de festa, e aquelas coisas, por enquanto, não significavam nada. Minha esposa perguntava aflita “- está tudo bem?”, e eu só afirmava que sim, que era a gatinha linda do mundo! Achava que era uma preocupação natural. <br />Um pouco depois, assisti com meus familiares o primeiro banho da Pi, e comecei a perceber uma reação estranha por parte das enfermeiras, da médica... alguma coisa estava acontecendo. Então, mais tarde, ainda num clima de festa, soube que a Pi, além de linda, também era especial. Para mim, especialíssima! A partir desse momento fomos transferidos para uma nova dimensão, sugados para um mundo novo. O médico que fez o parto falou comigo algumas horas depois, tentando dosar as palavras, e me passou a primeira informação: a Pietra, provavelmente, teria uma síndrome. O exame que é feito para determinar qual seria essa síndrome, o tal “cariótipo”, acabara de ser pedido, mas a internet é a melhor e mais rápida fonte de informações que existe, e observando aquelas características agora tão evidentes, descobri por conta própria qual seria a síndrome da minha fofinha: ao invés de um par de cromossomas 18, presentes em cada célula do corpo, a Pi tinha três. Para quem desconhecia tudo a respeito do assunto, que achava que só existiria uma meia dúzia de síndromes (incluindo a síndrome do pânico), foi muita informação para um dia só. <br />Não é necessário dizer como foi difícil. Talvez pela surpresa, talvez pelo que fui conhecendo da síndrome, de suas limitações e baixas expectativas de vida. Naquela maternidade, eu e minha esposa procurávamos entender, justificar, aceitar. A pergunta básica era feita uma, duas, cem vezes: de quem era a culpa? Nossa? Dos médicos? Da natureza? Hoje, sei que não há culpa, pois não há erro nessa história. Porém, aqueles primeiros momentos foram complicados. Precisávamos de muito “colo”, e aquele lugar não dispunha disso, e ainda que, com o tempo, alguns profissionais mais humanos do que outros tenham nos oferecido um certo conforto, ouvimos e passamos por tudo naqueles dias - do acalentador ao desanimador.<br />E os dias correram num ritmo todo próprio, que eu desconhecia por completo. Soube, naquele momento, que poucas coisas na vida estão verdadeiramente sob nosso controle. Poucas mesmo. Alternava momentos de pura revolta com outros de resignação. Não conseguia dar a alegria que a Pietra merecia naquele momento. Estava muito triste, porque achava que a iria perder minha menina muito em breve. Ganhei uma úlcera. Meus valores mudaram. Nossas vidas mudaram. <br />A pepita nasceu com a 2ª síndrome mais comum em incidência, a Síndrome de Edwards. Trissomia do 18. Fui percebendo que se tratava de algo muito sério, com perspectivas limitadas. A síndrome é caracterizada pela má-formação de muitos órgãos, e minha gatinha nasceu com uma cardiopatia bem “chatinha”, acompanhada de disfunções neurológicas, nefrológicas, respiratórias ... enfim, era frágil como um cristal - e bonita também! Inicialmente, para que pudesse receber a nutrição adequada, a Pi passou por uma gastrostomia (colocação de uma sonda para alimentação, com acesso direto no estômago), e apesar da seriedade da cardiopatia (as tais comunicações CIA e CIV eram muito grandes), não poderia realizar uma cirurgia para correção naquele momento, pois não era forte o bastante. Como medida paliativa, a Pietra foi submetida a outra cirurgia, de bandagem na artéria pulmonar. Com isso, ganhou um pouco mais de fôlego. <br />Ficamos no hospital com a Pi e, podem acreditar, uma UTI não é o melhor lugar do mundo para se estar com alguém. E UTI neonatal, então... A natureza, com todas as suas leis, deveria estabelecer uma que proibisse bebês e crianças de adoecer! Não pode e pronto! Convivemos por dias a fio com várias mamães e papais em situações semelhantes, algumas sérias como a da Pietra e outras, menos. Mas em todos os casos, a aflição era a mesma. Não queríamos estar lá, e só pensávamos em ir para casa com nosso bebê. Como a UTI ficava ao lado da maternidade, dá para perceber um pouco do drama que é dividir a alegria de quem chega com a vida em sua plenitude e de quem está com a vida por um fio. <br />Li em algum lugar que o stress de um acompanhante de UTI é muito parecido com o de quem volta de uma guerra. Nunca voltei de uma guerra, mas acho que não há exagero nesta comparação.<br />Na primeira oportunidade em que pude dar uma escapadinha para casa, passei pelo momento mais doloroso da minha vida. Nunca havia me sentido daquele jeito. Estava tudo preparado para uma recepção bem diferente, e chegar sozinho naquela casa vazia, sem minha esposa e sem minha gatinha, foi como ser triturado. Naquela hora, senti que perdia minha filhota, e foi uma dor tão forte que não tinha a menor idéia de como superar aquilo tudo. Mas voltei para minha nova e compulsória rotina, procurando deixar a vida fluir.<br />Após um pouco mais de três meses, finalmente, a Pi recebeu alta. A essa altura já podia, ao menos, sair do hospital, conhecer o mundo fora daquele prédio. Foi um dia muito feliz! Todo mundo sempre chegava para mim e dizia que a Pietra era uma “guerreira”. Guerreira para cá, guerreira para lá ... não sei. Ouvi muitas vezes isso. Mas acho que, desde que abriu os olhinhos, a Pietra foi uma verdadeira conquistadora. Conquistou e tem conquistado qualquer um que coloque os olhos naquele rostinho cada vez mais parecido com o da mamãe! Sorte dela porque, por algum tempo, ela se pareceu muito com o pai! A natureza está tentando se redimir!! A Pietra é apaixonante, e desde que deixou o hospital pela primeira vez, todos que cuidaram dela - auxiliares, enfermeiras, médicas, fisioterapeutas -, torcem por ela. <br />A chegada em casa foi o início de uma nova etapa, não menos complicada. Extremamente frágil, a Pepita demandava muitos cuidados. Nossa casa parecia um prolongamento do hospital, e passamos a conviver com cilindros de oxigênio, medicamentos, aparelhos... tudo isso colocado no meio de bichinhos de pelúcia, brinquedinhos, quebrando a harmonia do quartinho da minha gatinha. Mas, como era para seu bem, podíamos conviver com isso.<br />Infelizmente, não demorou muito para a saúde da Pietra começar a pedir novos cuidados, e para começar, então, outra rotina: a rotina das tais intercorrências. Foram várias internações por conta de pneumonias, infecções... começava a correria. Acho que o primeiro momento verdadeiramente crítico foi quando, por conta de uma infecção hospitalar (que não deveria acontecer em hospital nenhum), a Pietra foi “invadida” pela bactéria mais terrível e justamente no pior lugar: no coraçãozinho! A febre não cedia e a Pi chegou no seu limite. Nessa ocasião, li sobre casos parecidos, que sempre culminavam no pior. Achei que minha gatinha não iria aguentar. Assisti a um ecocardiograma, onde se via perfeitamente uma colônia de bactérias crescendo descaradamente, e meu coração foi ficando apertado, apertado. Mas apesar da fragilidade do corpinho, parecia que minha Pepita estava determinada a continuar ... e lá vai a gatinha, sempre dando a volta por cima! Nesse período, além da recuperação desta endocardite, a Pietra preocupava pela pouca capacidade respiratória. Sua língua “caia” para trás, obstruindo a passagem do ar, e para completar descobrimos uma má-formação lá dentro do narizinho dela. Uma verdadeira junta médica foi convocada para avaliar a Pietra, e sugeriam novas intervenções, que iam desde cirurgias na língua, no nariz, no maxilar e até uma traqueostomia. Foi por muito pouco que a Pi não faz a traqueostomia. A cirurgia já estava marcada, e eu me debruçava em tudo quanto era artigo e pesquisa médica. Indagava aos médicos se não haveria uma alternativa, uma técnica, qualquer coisa. Mas a verdade é que a bonitinha, por conta própria, resolveu começar a respirar melhor! Os médicos acharam, então, que deveríamos esperar. Sei que naquele momento, tudo que se queria era oferecer à Pietra condições melhores, mas confesso que não desejava mais coisas naquele corpinho tão cansado.<br />E foi assim durante um ano inteirinho, susto após susto. Como disse, o tempo assume outra dimensão nessa hora. O que parece pouco, dura muito; o que é para ser muito, acaba por se tornar pouco. <br />Sabíamos que a cirurgia cardíaca era imprescindível para melhorar qualidade de vida da gatinha, então nos armamos, eu e a Vivyan, com uma coragem única, dessas que só aparecem uma vez na vida, para submeter a Pietra à uma nova e difícil etapa. Estávamos plenamente conscientes do que nos esperava: hospital, internação, anestesia, entubação, recuperação, UTI, expectativas, sustos, medo ... Sabíamos que se tratava de um grande risco, e outra vez, parecia que todo o peso do mundo estava nos nossos ombros. Mas o maior desejo era dar a chance de uma vida melhor para a gatinha. Procuramos nos assegurar, pelo menos, em relação aos profissionais que cuidariam da Pietra, do hospital, enfim, daquilo que estava ao nosso curto alcance.<br /> <br />Chegou o momento tão esperado, e lá fomos nós. A Pietra estava sorridente, gordinha, calma. Mas o dia estava estranho, cinzento. E eu me perguntava “- será que tomamos a decisão certa?”. Mas certa ou não, a decisão já havia sido tomada, e a cirurgia foi feita. Após longas horas de espera, na saída do centro cirúrgico, o cirurgião apareceu dizendo que tudo correra bem, sem problemas, e o coraçãozinho da Pi ficara como novo. Mas o pós-cirúrgico não foi muito bom... na verdade, foi péssimo. Tudo começou a dar errado e, aos poucos, o corpinho da Pi foi entrando em colapso. Primeiro o fígado, depois os rins. Tudo muito rápido. Todos os recursos disponíveis iam sendo usados na tentativa de reverter o quadro, mas nada funcionava como deveria. <br />Foram dias intermináveis, e já me preparava (ou pelo menos tentava me preparar) para o pior. Mas, mais uma vez, num ritmo todo próprio, a Pietra foi saindo daquele pesadelo e foi se recuperando. O primeiro xixi, sinal de que os rins estavam voltando a funcionar, foi recebido com festa! Seu primeiro aniversário foi comemorado numa UTI, mas com vida! Aos poucos, com muita dificuldade, o sorriso mais lindo do mundo foi voltando, dessa vez, com um único dentinho, parceirinho que resolveu aparecer naquela hora. <br />A Pietra saiu de mais uma - cheia de cicatrizes, é verdade, mas saiu. Acho que todos aqueles que acompanharam bem de perto a história da Pietra, que se envolveram de verdade, também saíram, de certa forma, marcados. E da mesma forma, foram marcas no coração. É incrível a solidariedade que surge nas horas de aperto! É reconfortante poder enxergar nas pessoas aquilo que não enxergamos no dia-a-dia: a humanidade. Naquele hospital passaram pessoas que muitas vezes, sequer conhecíamos, mas que torciam - e ainda torcem - pela Pietra. Enquanto estive no hospital, vi pessoas mobilizadas para atender as necessidades da Pietra; vi médicos, tão condicionados à fria realidade da profissão escolhida, extravasarem uma preocupação impar, sincera; vi e ainda vejo pessoas em plena transformação da alma.<br />A Pietra está em casa, no seu quartinho rosa. Repaginado, é claro! Ela merece um novo começo. Por enquanto, ainda está cercada de cilindros de oxigênio, oximetro, estetoscópios ... mas agora, está bem. <br />Esse é o lado bom da coisa. O lado ruim é composto por um sentimento que nos acompanha, de um estado de alerta, de uma sensação de ameaça que paira no ar. É o medo. Vez ou outra, relaxamos, mas sempre durmo com um olho aberto, prestando atenção nos sinais de emergência. Em relação a esse medo, vez ou outra converso com as pessoas; algumas já passaram, outras não, pelo que estamos passando, e o melhor de tudo que já ouvi foi a frase “viva um dia de cada vez”. Pelo que entendi, pai de primeira viagem que sou, esse medo faz parte do pacote que vem com os filhos, especiais ou não. É inerente a quem ama muito alguém. Então, esse sou eu: o típico pai eternamente preocupado!<br />E ser pai de uma criança chamada “especial”, só difere em relação aos cuidados de que qualquer criança precisa, que são um pouco maiores. Mas ser pai da Pietra é uma honra para mim. Tenho profunda gratidão por ter sido escolhido por ela. Ser o pai da Pi só envolve um pouco mais de dedicação para se fazer aquilo que todo pai faz, aquilo que todo pai é: responsável por alguém que entrega a própria vida aos seus cuidados. Mas duvido que envolva mais amor. E eu sempre digo que amar a Pietra é muito fácil: quando ela abre aquele sorriso de um dente só (agora um e meio), eu nunca penso no número de cromossomos. Eu só penso em beijar suas bochechas.<br />Espero que essa história - resumida, acreditem - possa servir de inspiração para aquele que procurar por inspiração. Na época em que conheci a ASDA, fui também conhecendo as histórias de outras pessoas com trissomias. Geralmente muito jovens, crianças ainda. A maioria bebês. Sorri sozinho ao ver aquelas imagens de rostinhos vencedores; me emocionei com muitos relatos de pais como eu; me entristeci (e ainda me entristeço) ao saber de cada partida prematura. Mas esse contato me ajudou muito. Afinal, tenho percebido que nunca deixamos de crescer, e para isso é preciso aprender. Algumas lições são mais difíceis do que outras, e essas lições não são exclusividade de ninguém. <br />Mas também sou testemunha de que milagres acontecem (e nem sou tão religioso assim)! Ser pai da Pietra é fazer parte de um mundo de descobertas. Quando ela deu seus primeiros sinais de vida, descobri que estava prestes a ganhar o maior presente que alguém pode querer; quando ela chegou, descobri que não controlava a vida, mas a vida é que me controlava; quando estive no auge do desespero, descobri que para pedir, devemos primeiro acreditar; quando a Pietra renasceu, descobri que poderia continuar.<br />Agora, entre medos e alegrias, administro o presente e procuro planejar o futuro. Agradeço, então, pela oportunidade de poder devolver um pouco do que recebi."<br /></span><br />Emocionante!<br />Agradecemos aos pais da Pietra pela confiança e cloaboração. Somos uma grande familia, e precisamos sempre nos dar as mãos.<br />Abraços<br />EloirDE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-36020393804717516012010-07-13T13:00:00.001-07:002010-07-13T13:09:01.524-07:00Pais também amam....<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/B0RRGixi5lM&hl=pt_BR&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/B0RRGixi5lM&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-62227315104737321582010-07-05T11:13:00.001-07:002010-07-23T18:35:52.896-07:00Gestação e a Paternidade<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIn0J7Uhj7aKB86qxg95bwBGqV9I0h2d8zLHg-rC3ZJinv-xdIAgyHyCciwJbHfeDBvwf14YjosfEFbcnoqVc1W0F40N5mOgIj90jj4tEN7G6eN84u0rl7JvQCObIM3hlL1hbXiY87DJU/s1600/2.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 226px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIn0J7Uhj7aKB86qxg95bwBGqV9I0h2d8zLHg-rC3ZJinv-xdIAgyHyCciwJbHfeDBvwf14YjosfEFbcnoqVc1W0F40N5mOgIj90jj4tEN7G6eN84u0rl7JvQCObIM3hlL1hbXiY87DJU/s320/2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5497279827517275586" border="0" /></a>
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CAGRICU%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><o:smarttagtype namespaceuri="urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" name="metricconverter"></o:smarttagtype><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Já era noite, eu cheguei em casa com o famoso teste de gravidez de farmácia. A Elizangela já tinha certeza do resultado, mas queríamos ver a mudança de cor no indicador. <span style=""> </span>Nas instruções, pedia que se aguardasse alguns minutos após o contato com a urina, mas estava tão certo resultado, que as listras coloridas apareceram de imediato....</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Logo iniciaram as consultas ao obstetra...e também os tão esperados “ultrassons”...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">No inicio parecia uma sementinha num processo”extranho” de transformação, pois algo mexia: era o coraçãozinho. O som que era possível captar, é sempre música para os pais tão ansiosos quanto inexperientes.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">No próximo, já estava diferente: Nossa! Meu filho tem cauda...parece um girino... O médico fez uma cara esquisita, mas depois deu um meio sorriso!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">No quarto mês, já se pode ver o corpinho: Como ele é lindo! E o sexo doutor?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">-É me-niiiiiii-nnnnn-a, menina</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Já tínhamos o nome....Agora sim podíamos dizer: estamos esperando a Ana Luiza.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Dois dias depois, ao recebermos o resultado do exame “no papel”, um susto: Cisto no Plexo Coróide. O que será isso? O médico tranqüilizou, pedindo que agradássemos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">No quinto mês, ansiosos nos tranqüilizamos quando o médico disse: O cisto sumiu!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">E assim foi andando nossos dias de gestação, isso mesmo, “nossos dias”, pois sempre estive ali participando.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">No 8° mês, outro susto: baixo peso! O que será doutor?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">-Vamos esperar mais alguns dias e ver se haverá aumento. Pode ser normal!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Na 38° semana: pouco aumento de peso, <st1:metricconverter productid="1800 Kg" st="on">1800 Kg</st1:metricconverter>. Doutor nossa filha tem algum problema?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">-Não sei, mas amanhã faremos o parto. Fiquem tranqüilos!</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Foi um misto de sentimentos: alegria, ansiedade...medo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">O que será que nos esperava? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Fomos à frente, com coragem e a creditando na bondade de Deus...tinhamos a certeza de que não era nada grave. O amor pela nossa filha estava a nossa frente.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Amigo, utilize o espaço para comentarios e conte como foi a sua experiência durante a gestação. Como era sua atitude como PAI, neste periodo?
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Abraços</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Eloir
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463708939123800424.post-86891596268885019462010-05-19T12:47:00.000-07:002010-05-20T07:23:53.581-07:00Iniciando<span style="font-family:verdana;">Tudo na vida tem um inicio...que tal começarmos sempre pelo começo?<br />Estamos iniciando hoje os "trabalhos" neste blog...<br /><br />Percebí,logo que minha filha nasceu,que ser pai não é tão simples assim, e que a função está longe se resumir a parte "biológica".<br /><br />No meu caso, PAI ESPECIAL, pai de uma linda e amorosa criança especial, a tarefa se acentua...será que não é uma realidade geral? Deve ser, não é mesmo?!<br /><br />Vamos construir juntos...desabafar juntos...deixar transcender esse amor que está dentro de nós, mas que a força do costume e do instinto, nos fazem muitas vezes abafar em nosso peito.<br /><br />Vamos lá!<br /><br />Até<br /><br />Eloir Torres Haas<br /></span>DE PAI PRA PAIhttp://www.blogger.com/profile/12288874660347241832noreply@blogger.com4